Cinco Exposições a Não Perder no Reino Unido acerca de Arte Alemã

Por Madalena Dornellas Galvão| Aluna do 3º ano de Licenciatura em História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Revisão de Letícia de Melo| Conservadora, Curadora independente e idealizadora da Incubadora de Artistas.

Da pintura experimental à história do célebre carro VW Beetle 

  1. Germany: Memories of a Nation, British Museum, Londres, Inglaterra

     Desconto de 50% aos portadores do National Art Pass

Esta exposição examina elementos da história alemã dos últimos 600 anos no contexto da queda do muro de Berlim que teve lugar há 25 anos. Englobando as muitas mudanças políticas que esta nação sofreu, os trabalhos de Dürer, Holbein e Richter serão apresentados em exposição juntamente com avanços tecnológicos como a imprensa de Gutenberg ou o VW Beetle. A exposição estará patente entre 16 de Outubro e 25 de Janeiro de 2015.

                                                   Germany Memories of a nation

  1. Gerard Richter, Dick Institute, Ayrshire, Escócia

   Entrada Livre

Esta mostra exibe a prática experimental do possivelmente mais influente pintor vivo. O seu trabalho tem abrangido o fotorrealismo, o expressionismo abstracto e o conceptualismo e pretende localizar a verdadeira natureza da pintura na sua forma mais pura. Até 6 de Dezembro.

                                                          Gerhard Richter Artist Rooms,

  1. Sigmar Polke: Alibis, Tate Modern, Londres, Inglaterra

   Desconto de 50% aos portadores do National Art Pass

A vasta gama de trabalho experimental de Polke emprega constantemente comentários sociais e políticos. Depois de escapar da região Silésia no fim da Segunda Grande Guerra, estudou sob a mestria de Joseph Beuys na Kunstakademie Düsseldorf, onde criticou ferozmente o consumismo de Berlim Ocidental. Esta exposição projecta desde as suas primeiras experiências com a imagética da produção em massa, aos seus trabalhos de fotografia nas décadas de 60 e 70, antes de regressar à pintura e à técnica mista no final da vida. Em exibição desde 9 de Outubro a 8 de Fevereiro de 2015.

                                                       Sigmar-Polke-Girlfriends-(Freundinnen)

  1. Georg Baselitz, New Walk Museum & Art Gallery, Leicester, Inglaterra

    Entrada Livre

Esta é a primeira apresentação de Georg Baselitz na excursão da Artist Rooms. Em diálogo com a colecção de trabalhos do Expressionismo Alemão de Leicester, a exposição explora esta herança no que diz respeito à pintura prática de Baselitz. Deverá haver, de igual modo, um ambiente de educação que explora os aspectivos perfomativos da sua pessoa. Até 15 de Janeiro de 2015.

                                                                 Georg Baselitz Artist Rooms

  1. Anselm Kiefer, Royal Academy, Londres, Inglaterra

    Preço reduzido com o National Art Pass

Abrangendo uma carreira de 40 anos, a grande e antecipada restrospectiva de Anselm Kiefer na Royal Academy mostra a profundeza, âmbito/alvo e enorme escala dos seus trabalhos. Kiefer captura efectivamente a dor, resiliência e conflito da Alemanha do pós-guerra, usando materiais pouco habituais como cinzas, arame farpado e flores secas. Até 14 de Dezembro.

                                                           The-Orders-of-the-Night-(Die-Orden-der-Nacht)_Anselm Kiefer

Fonte: Artfund

A receita secreta do castanho de Joseph Beuys

Das Schweigen von Marcel Duchamp wird überbewertet (O Silêncio de Marcel Duchamp é Superestimado) Joseph Beuys , 1964, Braunkreuz s/ papel

Das Schweigen von Marcel Duchamp wird überbewertet (O Silêncio de Marcel Duchamp é Superestimado) Joseph Beuys , 1964, Braunkreuz s/ papel

Joseph Beuys utilizava um produto à prova de ferrugem para fazer sua distintiva tinta marrom, que ele batizou Braunkreuz (castanho cruz), descobriu um estudante alemão. Ole Valler, da Hochschule Rhein-Waal, fez a descoberta ao usar a fluorescência de raios-x para analisar mais de 80 obras de Beuys, todas pertencentes a coleção do Museu Schloss Moyland.

Pode-se encontrar a Braunkreuz, um pigmento castanho-avermelhado mate, em peças sobre papel e esculturas entre finais da década de 1950 e inícios da década de 1960. Beuys jamais revelou a fórmula de sua mistura, embora muitos suspeitassem que ele usava tinta de chão ou sangue. Agora, no entanto, Valler estabeleceu que a maioria das obras analisadas continham ferro, zinco e cromo-componentes encontrados em anti-ferrugem. Os resultados estão para ser publicados na revista Chemie em unserer Zeit (Química do Nosso Tempo).

“É importante saber que Beuys usava um produto industrial, não artístico, em seu trabalho”, diz Barbara Strieder, supervisora-chefe da coleção de artes gráficas do Museu Schloss Moyland. “Isso revela sua crença na forte ligação entre arte e vida quotidiana. Os materiais têm um significado especial na obra de Beuys”. Strieder também afirma que esta descoberta será útil para conservação e restauro de obras de Beuys, assim como para detecção de falsificações.

fonte: The Art Newspaper